Polícia Civil cumpriu na manhã deste domingo (1º) o mandado de prisão preventiva contra o pai investigado pelo estupro da própria filha de 8 anos. Crime ocorreu quando a criança passava férias com o pai na fazenda onde ele trabalhava, na zona rural de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá).
Um novo mandado de prisão foi requerido pela Polícia Civil com a representação ao juízo da comarca, após indícios de que Reginaldo Evangelista Francisco Rocha, 31, estava coagindo testemunhas no curso da investigação. A prisão foi decretada na noite de sexta-feira (29).
Autor do crime foi preso anteriormente, na última quarta-feira (27). A primeira prisão também foi por mandado de prisão decretado em agosto. No dia 28 de agosto, o investigado foi colocado em liberdade diante da revogação da prisão preventiva pelo juízo da comarca.
Coação de testemunhas
Novas provas apresentadas pela Polícia Civil demonstraram que o autor tem coagido testemunhas no curso da investigação, causando "temor" em quem deponha. Inquérito policial já soma mais de 150 páginas de evidências técnicas e testemunhais contra o investigado e será remetido à Justiça na próxima semana, com o pedido de depoimento especial da vítima.
A Polícia Civil reuniu, entre outras informações, relatório do Conselho Tutelar, ata da escola da criança apontando a mudança de comportamento, inclusive relatando que a vítima não queria entrar de férias. Outro relatório apontou que a vítima apresenta baixo rendimento escolar, agressividade, cria enfermidades psicossomáticas e tem desconforto em certos locais. O laudo pericial de conjunção carnal da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou o estupro.
Investigação
Conforme a investigação, Reginaldo Evangelista, de 31 anos, deu um comprimido para que a criança dormisse e abusou sexualmente da filha. O fato ocorreu durante as férias escolares, entre 03 e 24 do mês de julho deste ano, quando a criança de oito anos foi levada pelo pai para uma fazenda, na zona rural do município, onde ele trabalhava como segurança.
A criança sofreu anteriormente outros abusos sexuais do pai, quando ele a buscava para passar alguns dias em sua companhia. Entretanto, o investigado a ameaçava para que ela não o denunciasse.
Investigação teve início a partir da denúncia da escola onde a menor frequenta. A menina apresentou mudança no comportamento, o que chamou atenção de uma professora, porque antes das férias escolares, a criança relatou que não queria entrar de férias, provavelmente porque passaria o período com o pai.
Fonte: gazetadigital
Autor: Redação do GD FOTO Reprodução